A COVID longa deixa sequelas que podem durar meses. Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma em cada 10 pessoas tem problemas de saúde persistentes 12 semanas após o início dos sintomas da doença. Além dos pulmões (o órgão mais afetado), a COVID-19 também atinge o coração, rins, sistemas endócrino, imune, gastrointestinal e nervoso, podendo causar doenças metabólicas, fadiga, depressão, dificuldades cognitivas e de memória, assim como danos sociais e emocionais.
De acordo com o Diretor Técnico da Clínica de Transição Paulo de Tarso, Dr. Vinícius Lisboa, os sintomas debilitantes costumam persistir por mais de quatro semanas após o diagnóstico da doença e não há um tempo médio de duração. “Cada paciente é único e os casos variam muito. Existem relatos de sequelas mais graves e duradouras, como a paralisia do paciente crítico. Nosso processo respiratório é feito por um aparelho muscular e ele pode perder função, assim como a musculatura esquelética, podendo ter desdobramentos muitas vezes até permanentes dessas funcionalidades. Entre as recomendações para minimizar e/ou se recuperar desses sintomas estão a continuidade do tratamento de fisioterapia físico funcional e do acompanhamento transdisciplinar. Também é muito importante estarmos atentos aos fatores psicológicos, que podem estar presentes durante todo esse percurso”, ressalta.